Trabalhadores lançam página no Instagram e abaixo-assinado para evitar fechamento de unidade


Pais, professores e funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Orlando Alves Carneiro, localizado em Campinas, realizarão uma manifestação nesta quarta-feira (23), às 17h, em frente à unidade, contra o fechamento da escola. A medida foi anunciada recentemente pela Secretaria Municipal de Educação (SME), mesmo no meio do semestre letivo. Atualmente, o Cmei atende 130 crianças e conta com 50 funcionários.
A professora Juliana Damando, que faz parte do corpo docente, convoca a população para se unir à causa. “Pedimos que toda a comunidade nos apoie e se mobilize para impedir esse fechamento. Convidem suas famílias e amigos para defender o direito à educação. Juntos, não vamos permitir que essa injustiça seja cometida com nossas crianças e a querida Campininha”, disse. O vereador de Goiânia, Fabrício Rosa (PT), também estará presente no ato. Ele destaca a insensibilidade da prefeitura diante da situação, já que muitos pais estão apreensivos quanto ao destino de seus filhos. “É uma situação difícil, com pais desesperados sem saber onde as crianças serão alocadas. Além disso, o Cmei tem um laudo do Corpo de Bombeiros que autoriza seu funcionamento”, acrescentou o vereador.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) justifica a decisão com a falta de adequação do prédio onde o Cmei funciona. Segundo a pasta, o local é considerado impróprio para atender crianças, devido à estrutura de três andares com escadas, à ausência de um espaço externo para atividades e à existência de apenas uma entrada e saída, o que representaria riscos para as crianças de 1 a 4 anos.
Em resposta, os trabalhadores do Cmei criaram uma página no Instagram, acompanhada de um abaixo-assinado, para pressionar pela permanência da unidade aberta. A página destaca que a escola, com quase 20 anos de história, é segura, acolhedora, atende cerca de 130 crianças e conta com profissionais qualificados. A unidade é também descrita como pioneira na região.
A SME, em nota, informou que, após avaliar as condições do prédio, concluiu que ele não é adequado para o atendimento infantil. A secretaria ainda avaliou alternativas, como o prédio do antigo colégio estadual Duque de Caxias, mas foi informada de que a estrutura também estava condenada. A SME revelou que está trabalhando para realocar as 129 crianças matriculadas em unidades próximas, com no máximo 2 km de distância, e que a transferência será feita em agosto, sem prejuízo para os alunos.
O abaixo-assinado está disponível online para aqueles que desejam apoiar a causa.

+ There are no comments
Add yours