Caseiro é atacado e morto por onça no Pantanal; restos mortais foram encontrados em toca do animal.

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Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) localizaram as pernas de Jorge Avalo durante as buscas.

Caseiro é morto por onça-pintada no Pantanal; partes do corpo foram encontradas em toca

Um caseiro identificado como Jorge Avalo, de 60 anos, conhecido como “Jorginho”, foi morto por uma onça-pintada no último domingo (20), na região do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. O ataque ocorreu às margens do Rio Miranda, em uma área chamada Touro Morto, na zona rural de Aquidauana.

Jorginho trabalhava como cuidador de um pesqueiro particular localizado em uma fazenda de difícil acesso. A principal suspeita é de que ele tenha sido surpreendido pelo animal enquanto tentava coletar mel em um deck próximo à mata. Rastros de sangue encontrados no local levaram equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) até uma toca onde estavam partes do corpo da vítima. Os restos mortais foram localizados na manhã desta terça-feira (22) e encaminhados ao Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. A perícia técnica está sendo realizada na área.

Dias antes do ataque, Jorge havia aparecido em um vídeo alertando sobre a presença de onças nas redondezas. Nas imagens, gravadas por um conhecido, ele comenta sobre os ruídos de uma possível briga entre os felinos. Em tom descontraído, o homem que filma chega a brincar: “A onça vai comer o Jorge, Dão!”. Jorge responde: “Não vai comer, não!”.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela imprensa mostram que uma onça já havia sido flagrada circulando a propriedade no mês anterior, evidenciando que a presença do animal na região era recorrente.

De acordo com a PMA, os vestígios apontam que Jorge foi atacado e arrastado para dentro da mata. As pernas da vítima foram encontradas no mesmo trajeto dos rastros deixados pelo felino. O ataque foi descoberto por um piloteiro que passava pela fazenda na manhã de terça-feira e notou marcas de sangue no local. Jorge estava sozinho no momento do ataque.

A Polícia Militar Ambiental segue monitorando a área e alerta moradores e trabalhadores rurais sobre o risco de ataques de grandes felinos na região pantaneira.